O Malvado: Horror no Natal

Em uma pacata cidade montanhosa os pais de Cindy são assassinados e seu Natal é roubado por uma figura verde sedenta por sangue e em um traje vermelho de Papai Noel.

Opinião Pública sobre O Malvado: Horror no Natal

As leis de direitos autorais são uma coisa engraçada e estão prestes a ficar mais engraçadas rapidamente. Amados personagens de livros e filmes estão sendo reaproveitados para entretenimento de terror, e enquanto o mundo espera por tudo o que “Winnie-the-Pooh: Blood and Honey” tem a oferecer, há “The Mean One” para ajudá-los. É uma versão de “Como o Grinch roubou o Natal”, do Dr. Suess, mas em vez de extrair ideias do amado livro, os roteiristas Finn e Flip Kobler se inspiram principalmente na adaptação cinematográfica de Ron Howard de 2000, estrelada por Jim Carrey como o Grinch. “The Mean One” não tem condições de contratar Carrey e não pode lidar com ações judiciais, jogando um cuidadoso jogo de mímica com sua história de um monstro em uma montanha que odeia tudo sobre o Natal. No entanto, em vez de planejar um assalto, este ghoul verde está pronto para matar. “The Mean One” é uma oferta de baixo orçamento do diretor Steven LaMorte, que não tem muito o que trabalhar aqui além da ousadia inicial. É um massacre sazonal, mas também dolorosamente restrito por limitações monetárias, parecendo uma rapidinha barata quando tinha o potencial de ser extremamente estranho.

Há 20 anos, Cindy (Krystle Martin) conheceu uma criatura verde em sua casa na véspera de Natal. Porém, em vez de um momento de ternura entre os dois, a magia foi interrompida pela mãe de Cindy, que foi assassinada pela fera. Retornando a Newville para confrontar seu passado, Cindy espera aproveitar o Natal novamente, acompanhada por seu pai, Lou (Flip Kobler). No entanto, a cidade mudou, recusando-se a exibir a alegria sazonal, forçando Cindy e Lou a fazerem a sua própria alegria. Tal ousadia traz o retorno de The Mean One (David Howard Thornton), que imediatamente mata Lou, deixando Cindy lidando com mais traumas, logo auxiliada pelo deputado Goldman (Chase Mullins), o único judeu na cidade. Reconhecendo que o mal voltou, Cindy decide revidar, caçando o Malvado enquanto o monstro continua sua violência em dezembro.

“The Mean One” tenta replicar o filme de 2000 da melhor maneira possível, incluindo o uso de um som parecido com Anthony Hopkins para narrar o filme, explicando o que realmente aconteceu naquela noite fatídica em que Cindy e o monstro se conheceram. Acontece que o encontro foi para o sul às pressas, deixando Cindy sem mãe, rapidamente assombrada pela memória borrada de uma criatura verde malévola. “The Mean One” retoma a história de Cindy duas décadas depois, quando ela retorna a Newville com a esperança de reacender o espírito natalino. A cidade está localizada próxima a uma cordilheira de aparência sinistra e não tem paciência para comemorações de feriados, com o deputado Goldman tentando conter a alegria de Cindy e Lou, embora responda de forma mais positiva à presença da jovem, iniciando uma subtrama romântica para um recurso que não precisa de um.

Newville não é Whoville, mas “The Mean One” tenta vender alguns problemas comunitários, incluindo a presença da prefeita McBean (Amy Schumacher), que está concorrendo à reeleição. Ela não está feliz por ter Cindy de volta à cidade, e quando Lou é morto por The Mean One, a histeria da filha cria mais problemas para o político. A escrita não é particularmente nítida (Goldman faz questão de dar em cima de Cindy logo depois que ela perde o pai), mas há muita violência para os fãs do gênero de entretenimento esquisito, com a fera verde destruindo os membros da “SantaCon”, que param por um restaurante para tomar uma bebida, apenas para ser massacrado pelo monstro. O derramamento de sangue CGI parece terrível, mas LaMorte está preparado para explorar danos corporais, dando ao empreendimento alguma potência. Personalidade adicional é fornecida por Doc (John Bigham), um homem idoso que sabe o que definitivamente não é o Grinch está fazendo, ajudando Cindy a ceder à raiva e planejar sua vingança.

“The Mean One” não tem dinheiro para igualar o filme de 2000. Os passeios nas montanhas são claramente uma espécie de parque estadual, e a maior parte do filme é capturada com cinematografia portátil, o que apenas reforça suas limitações cinematográficas. Sustos falsos de pesadelo também não ajudam a causa. As performances são comprometidas, com Thornton tentando fazer uma versão muda da versão de Carrey, e embora Martin não seja um artista experiente, ela se sai bem como Cindy, que se transforma em um exterminador, completo com uma espingarda decorada com bengala de doces. Essa fúria entra no final, que tenta adicionar um pouco de suavidade Suessiana para homenagear o material original, mas esse tipo de produção é melhor executado em alta velocidade e com o máximo de estranheza. “The Mean One” chega apenas na metade do caminho, estranhamente tornando-o mais assistível do que a máquina de fazer dor de cabeça de Howard, mas ainda com pouco potencial quando se trata desse tipo de empreendimento de limbo de direitos autorais.

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